Livro: Réquiem
Série: Delírio
Autor: Lauren Oliver
Páginas: 352
Resenhado por: Elaine Fonseca
Nota: ♥♥♥
“Afinal,
essa é a questão. Não sabemos o que vai acontecer se derrubarmos os muros; não
da pra ver do outro lado, não da pra saber se teremos liberdade ou ruína, resolução ou caos. Pode ser o paraíso ou a destruição” (página
303).
Com
o final da série fiquei com uma sensação um pouco estranha (chocada eu acho),
mas acredito que a autora cumpriu a proposta do livro (o que imagino que não é
a que esperávamos de fato). Como no segundo livro
“Pandemônio!”, a autora alternava os capítulos com dois tempos
diferentes e dessa vez foram “Lena e Hana”. A alternância entre os capítulos
foi uma jogada bem bacana da autora, pois sempre que terminávamos um, devoramos
o outro na busca pela continuação. A narração era feita ora com Hana, como
curada e dentro dos muros da cidade, ora com Lena cercada pela Selva.
Hana
a “antiga” melhor amiga de Lena foi curada e pareada com Fred Hangrove, futuro
prefeito de Portland. Mesmo após a cura ela continua tendo sonhos e sentimentos
que a intervenção deveria combater.
Lena
depois da fuga, recebe ajuda da resistência e volta para a Selva, dessa vez
acompanhada de Julian. Ao chegar na Selva, o sentimento por Alex que ela
pensava estar morto, ressurge e ela é tomada pela duvida entre os dois.
Julian
está sempre disposto a se integrar ao novo ambiente, mesmo sabendo que ser um
inválido é muito perigoso, sempre se oferece para as missões e caças, o que o
faz amadurecer a cada dia.
O
governo iniciou uma caça aos inválidos do outro lado dos muros e dentro da
cidade.
O
sigilo é quebrado e o segredo sobre os inválidos já não existe mais, a partir
dai a busca incessante pela liberdade de amar se torna constante para Lena e o
restante do Grupo (Graúna, Prego,Alistar, etc.). conhecemos também novos
personagens essenciais para o desenrolar da trama, Coral, Pipa, Fera, etc.
Se
perde a força, o sofrimento e a luta das pessoas que escolheram amar, assim a
revolução dos inválidos ganha mais espaço nesse livro, além de um “triangulo
amoroso” (Lena acaba ficando mais preocupada com quem ficar, que com a guerra
que está se formando). A luta dos rebeldes aparece, ela é mencionada em cada
pagina lida, mas é ai que choquei! Cadê toda aquela razão, o motivo das pessoas
quererem lutar pelos direitos de amar? Acho que foi totalmente esquecido dando
lugar a demonstração de sentimentos de frustação, raiva e saudade que Lena
estava sentindo.
Apesar
da surpresa que foi o final e mesmo sem o desenrolar de história de alguns
personagens (que acredito eu!!!! foram fundamentais para o desenrolar tudo),
“Réquiem” me fez pensar sobre o amor e a liberdade e se é realmente o que
precisamos para viver, e temos a possibilidade de conhecer o lado bom e o ruim
de nossas escolhas.
“Derrubem
os muros”
2 comentários:
Terminei de ler Delírio ontem, e vejo muita gente, como você, que gostou da série!! Eu, por outro lado, não me identifiquei muito e não pretendo continuar a leitura. Mas gostei da sua resenha. Acho que a história melhora, mesmo com as ressalvas que citou.
Beijos
Nati
www.meninadelivro.com.br
Oiee Érica! Muito tempo que não passo aqui no seu cantinho. Saudade! Uiah...você escreve muito bem, mesmo sendo uma simples resenha. Não conhecia a série, mas fiquei bastante interessada porque é o tipo de gênero que mais gosto de ler.
Beijos!
Monólogo de Julieta
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