Onde mora a
coragem?
A coragem não pode ser encontrada dentro de uma gaveta, cima da estante ou dentro daquela
caixinha... Sem bem, que há um lugarzinho que você pode encontrá-la, dentro de
si.
Essa
leitura foi especial para mim, em alguns momentos da minha vida a insegurança
esteve presente não deixando lugar para coragem. E. eu me perguntava por
diversas vezes onde a coragem morava.
O livro
retrata exatamente isso, onde mora a coragem das pessoas de Willow Creek? Os personagens são
desafiados com historias marcantes, a continuar vivendo apesar das dores que a
vida causou.
“ (...) — Onde você arranjou esse
chapéu? Perguntou-lhe.
— Não gosta do meu chapéu?
— Gosto, claro, é uma barato. A
turma toda acha ele maneiro.
(...)— Por que você o comprou?
— Era um dia importante para mim,
talvez o mais importante da minha vida.
— O que aconteceu?
—Resolvi ser eu mesma.
Pete não compreendeu:
— Quem você era antes?
— Alguém que esperavam que eu fosse.
De lá para cá, não dou a mínima para o que as pessoas pensam. É uma maravilha.
Queria ter conseguindo fazer isso há muito tempo.
Parecia bom, mas como descobrimos
quem somos? Pete não se atreveu a perguntar.”
Sam é o professor de Inglês, e treinador de basquete da pequena escola
de Willow Creek. Em uma tarde qualquer, enquanto prepara a aula, ele refletiu
sobre a pacata cidade onde escolhera viver. Amargurado com as peças que a vida
pregou, sempre achou que a sorte nunca foi sua aliada. Desde o dia que a esposa
faleceu tudo ao seu redor ficou cada vez mais difícil. Ele lecionava e treinava
basquete para esquecer os fantasmas que o seguiam.
Ele era um
bom professor, mas no basquete... Não teve tanta sorte; 93 derrotas
consecutivas. Sam estava prestes a desistir de ser treinador, quando chega à
cidade: Peter, como seus pais estavam se divorciando, e ele resolveu ficar com
a avó Chapman. (uma gracinha! minha personagem favorita). Da Noruega chega
Olaf, de intercâmbio. É alto, (alto tipo 2 metros) e engraçadíssimo.
“Sam acha que aqueles meninos, de quem alguns tinham pena, estavam
aprendendo a lição mais cedo que a maioria, aprendendo que a vida era uma
sucessão de perdas.”
Diana, a
professora de Ciências, avó Chapman, Hazel Brown, cozinheira da escola,
compareciam para animar os treinos, e estimular os alunos a não desistirem. Diana
aparece na vida de Sam para tirá-lo da à amargura. E Sam veio para iluminar sua alma. Duas
histórias de vida, encontrando uma na outra um razão para ser feliz.
Acompanhar a
evolução do time de basquete, é como descobrir que sempre há um lado bom, mesmo
que tudo pareça difícil. Temos que continuar lutando – desistir jamais.
A história é
extraordinária! Lindamente contada, rica na descrição dos personagens. O autor
me encantou! Meu coração por diversas ficou apertado.
Fala sobre
determinação, esperança, companheirismo, te faz acreditar que mesmo na dificuldade Deus está sempre.
—Vovó, você costuma se
sentir sozinha?
—Sozinha? Bem, vou lhe
contar. A solidão é uma malandra astuciosa.
Agacha-se atrás de
toda lembrança, fica de tocaia em cada gaveta, pendura-se no armário feito
roupa velha, pronta para dar o bote quando menos se espera.
Mas uma coisa eu
descobri: ela é lenta. Só consegue nos agarrar quando desistimos da vida,
ficamos sentados, pensando demais. Então, eu não fico parada um instante e ela
não consegue pôr as mãos nojentas em mim, nunca.
1 comentários:
Olá Érica,
Li e resenhei esse livro no blog, um livro com uma história incrível, esta na lista dos meus favoritos com certeza....abraços.
devoradordeletras.blogspot.com.br
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